terça-feira, 25 de setembro de 2012

Nós já fomos menos cults. (E bem mais tolerantes, e bem mais inteligentes)


Vou contar uma coisa pra vocês: Eu sempre gostei de ler. Sou do tipo que pega todos os folhetos da rua pra passar as horas lendo. Graças a deus tive incentivo em casa, já que meu pai vira e mexe compra um livro. E ainda tive Camila, com sua pequena biblioteca pessoal, onde sempre vou me abastecer. Hoje tenho meu irmão, que foi moldado por Harry Potter e acabou se transformando em um colecionar de livros melhor que eu.
Fui uma adolescente estudiosa, gostava de sentar na frente e me dedicar as provas e trabalhos escolares, mesmo com uma certa dificuldade em química e matemática. Fui criada com um banho de cultura, meus pais sempre buscaram incentivar as idas ao teatro (e a minha escolinha também).  Fiz Ballet e até cantei em coral, acredita? Aos domingos assistia filmes clássicos com minha mãe, as terças e quintas me dediquei aos idiomas com meu irmão. Ouço música erudita pra dormir e rock antigo pra trabalhar. Quando minha vó não morava com a gente, ficava horas ouvindo com ela Nana Caymmi, Adoniran Barbosa e outros monstros da MPB. Sou apaixonada por Jovem guarda e o primeiro show que eu fui na vida foi dos Titãs, e não das chiquititas.
Meu primeiro trabalho na faculdade foi uma análise detalhada da moda como ferramenta de linguagem e expressão cultural. Quase um mini TCC. Sou louca por culinárias exóticas e sonho em conhecer a Irlanda, a Grécia, a Índia e o Marrocos. Por isso vivo pesquisando sobre esses lugares.
Acho que isso faz de mim alguém com uma certa bagagem cultural. (Não muita, ainda bem que tenho muito o que viver!).  Pra completar sou uma aquariana curiosa, que adora trabalhar e que tem a mente aberta pra quebrar muitos preconceitos (meio barraqueira revoltada às vezes, bem verdade).

Dito isso, vou chocar a sociedade: 
SOU FANÁTICA POR BBB. Isso mesmo, BBB! E comprei 50 tons de cinza!

E também já li Dostoiévski, Clarice Lispector, Jorge Amado, Shakespeare... Assisti Pulp Fiction, V de Vingança, O nome da rosa...

Pra ser sincera, ODIEI O SENHOR DOS ANÉIS! (Sinto que vou ser crucificada). Mas se servir, conheço toda a história de Tomás Antonio Gonzaga, Inconfidente Mineiro que deu origem ao meu nome. Você conhece?

O que eu quero dizer é simples: Vamos nos levar menos a sério? Ninguém precisa ser Cult o tempo todo. E entretenimento puro e simples é bom e vale a pena!

Vamos amar mais, viver mais e julgar menos. Com esse seu pré-conceito (de conceito pré formado mesmo) você pode perder possibilidades bem mais interessantes.

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Queria muito postar esse texto e não sabia onde. Então foi aqui. Enjoy ;)

3 comentários:

  1. Amei o texto e fico feliz por ter ajudado um pouquinho a tornar você uma pessoa bem cult, amiga!

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  2. Ihhh eu adoro "o nome da rosa " o pessoal hoje em dia acha que ( n sei porque lá deus, ou talvez pela existência do facebook) As pessoas se resumem ao que elas postam e aparentemente são nas redes sociais. Pessoas pequenas, pensam pequeno.É bizarro mas é a contextualização do que vivemos hoje em dia, pessoas que aparentam ser mas não são. Por isso que eu digo, seja mais você e para de seguir os outros, quem rema a favor da corrente é peixe morto, por isso que eu digo.. sou um salmão. HAUHSHUAS

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  3. Adorei a sua linha de pensamento. Eu tb penso assim. Eu leio de tudo, e fico um pouco indignada com os xiitas "pseudo-cults". Quem gosta de arte e de cultura n~ao tem preconceito. Vc nao precisa gostar de tudo, mas não precisa execrar as coisas simples.Entendo um pouco o lado de quem faz literatura elaborada e seus fãs que ficam indignados quando vêem algo que parece não ter dado muito trabalho pra criar fazer mais sucesso. Mas isso não é motivo para os movimentos "contra". Vamos deixar de ser contra isso ou aquilo e ser mais, muito mais PRÓ ao que amamos!

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